segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CARGA PESADA

O brasileiro paga a cada ano mais Imposto de Renda. Estimativas do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) apontam para uma defasagem de 60% atualmente, entre a tabela do IR e a inflação.

Os impostos levam quase cinco meses do salário de cada trabalhador, por ano. Perdemos apenas para a Suécia, sem as contrapartidas daquele país em termos de atendimento médico ou nas áreas de educação e segurança.

Por segundo, são arrecadados R$ 50 mil, o valor de dois carros populares, nos mais de 60 tributos (impostos, contribuições, taxas federais, estaduais e municipais). 

Só o que já foi recolhido desde o início deste ano daria para construir mais de 70 milhões de salas de aula, ou contratar mais de 73 milhões de professores do ensino fundamental. Na área de saúde,  é o suficiente para construir mais de 3 milhões de postos ou adquirir mais de 12 milhões de ambulâncias. Na segurança, contratar mais de 60 milhões de policiais ou construir mais de 20 milhões de delegacias.

Mas há pouca esperança de que essa esmagadora caraga tributária-que paralisa a economia e desestimula a produção-seja aliviada a curto ou médio prazo. O governo brasileiro gasta cerca de R$ 800 bilhões, anualmente, e metade desse dinheiro está comprometida com as despesas da previdência, seguro-desemprego e assistência a deficientes e idosos, setores com pouca margem para a redução de gastos.

O salário do funcionalismo leva outros R$ 200 bilhões, e também aí há pouco o que se fazer, por conta de impedimentos legais.

Esse desequilíbrio está na origem da voracidade com que se arrecadam impostos no Brasil. E, como mesmo assim há escassez de recursos, transfere-se para as calendas gregas as obras de infraestrutura tão necessárias ao desenvolvimento do País.

São inúmeros que desnudam a gravidade da situação e mostram a urgência de encarar a questão orçamentária, até porque o setor privado, que sempre paga a conta, já esgotou sua conta de sacrifícios.

Fonte: Jornal A Tarde de 24 de agosto de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Concordo ou Não Concordo?