segunda-feira, 21 de outubro de 2013

VINICIUS DE MORAES - 100 ANOS



Algumas considerações da obra do Poeta, compositor e cantor Vinicius de Moraes, baseado na analise e conhecimento de Tarik de Souza e Paulo Mendes Campos.

Vinicius de Moraes, advogado, jornalista, poeta, compositor e boêmio, homem múltiplo ou o Poetinha como os mais íntimos o chamavam. Teve muitos amores, amigos e parceiros musical, destacando-se Tom Jobim, Lyra, Baden Powell e Toquinho, criando com eles sucessos musicais como: Garota de Ipanema, Marcha da Quarta-Feira de Cinzas, samba em Prelúdio, Samba da Benção e Tarde em Itapuã, musicas que integram o que há de melhor no repertório nacional da MPB.

Por Tarik de Souza, jornalista e poeta, para ele o sólido poeta de versos definitivos e consagradores, numa receita bem brasileira temperada pelo contraste, Vinicius mesclou casa grande e senzala, transitando entre o discípulo de Manuel Bandeira e o “comedor de gilete” (cantador de feira nordestina).

Detentor de uma grande produção cultural, heterogênea e vasta, Vinicius rompeu as barreiras que separavam o canto popular da poesia Erudita, transitando entre o soneto neoclássico e os cantos do candomblé criando os ritmos musicais dos após sambas.

Alicerçou sua obra, na vida e nos contrastes e, sobretudo no Amor. “A vida é a arte do encontro  / Embora haja tanto desencontro pela vida” – Samba da Benção.

Para Paulo Mendes Campos, escritor e jornalista, a obra do Poeta Vinicius de Moraes divide-se em três tempos: no Tempo do Quando (a vida é para ser vivida no presente a cada segundo intensamente), fundamental a poesia (é preciso que haja lirismo em tudo), e a esperança de um mundo mais decente.

Colecionou títulos marcantes em peças politicas, inclusive com o poema “Operário em Construção”, era antes de tudo lírico, seus sambas celebram a vida, e o poeta detestava a exploração do homem pelo homem.

O Vinicius de Moraes, eterno, que se tornou popular e imortal, vivendo sua vida intensa em todos os momentos e uma paixão: “Porque a Poesia foi para mim uma mulher cruel em cujos braços me abandonei sem remissão, sem sequer pedir perdão a todas as mulheres que por ela abandonei”.

Para  finalizar, entendemos que com sua vasta produção cultural heterogênea, ao invés de deixar lacunas, deixou janelas e caminhos abertos a ser buscados pelo homem. A Liberdade.

Odiosvaldo Vigas
Vereador - PDT


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