Uma nova forma para combater eventual epidemia causada pelo vírus da gripe aviária H7N9, imunizando e protegendo a população, está sendo tentada.
Cientistas pretendem criar mutações ou alterações genéticas nesses agentes infectantes que hoje são transmitidos apenas entre aves e não têm capacidade de passar de pessoa a pessoa, em vez de esperar que a natureza o faça.
Seria dar a esse vírus a capacidade de transmissão entre mamíferos, como os virologistas Ron Fouchier, do Centro Médico Erasmus, de Roterdã, Holanda, e Yoshihiro Kawaoka, da Universidade de Wisconsin, EUA, conseguiram em 2012 ao introduzir cinco mutações no vírus da gripe aviária H5N1.
Essa seria uma forma de chegar a uma imunização contra um vírus que nunca circulou entre humanos.
Já foi registrado na China o primeiro caso de contágio do H7N9 de pai para filha, que dele cuidava.
É factível, então, já estar a caminho uma adaptação desse vírus ao aparelho respiratório humano.
O médico Andrew T. Pavia, da Universidade de Utah, EUA, refere nos "Annals of Internal Medicine", ser importante manter alto nível de alerta para esse agente infectante e estar aparelhado para enfrentá-lo.
Ainda é incerto, acrescenta, se a ação do H7N9 ficará restrita a surtos acidentais de transmissão dos animais ao homem somente na Ásia ou se alcançará o nível de uma epidemia global.
Fonte: Folha de São Paulo
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