EXAME DE PET-CT DETECTA TUMORES COM GRANDE PRECISÃO
Sofisticado exame de imagem identifica câncer em estágio inicial e
mostra tempo real como o corpo reage ao tratamento
Os exames de imagem são
excelentes ferramentas para avaliação de tumores, não só na detecção como
também no acompanhamento e avaliação da resposta aos tratamentos instituídos. O
manejo de pacientes com câncer tem evoluído sobremaneira, com novas drogas e
modalidades de tratamento que têm trazido impacto na sobrevivência dos
pacientes, com menor toxicidade.
Paralelamente a este progresso,
os exames de imagem também evoluíram para mostrar informações não só
anatômicas, mas também funcionais. “O impacto dessas informações é enorme,
porque não importa se existe um nódulo, por exemplo, no fígado do paciente,
porque ele pode abrigar apenas células mortas e os exames convencionais têm
muita dificuldade em fazer a diferenciação entre o que é tumor de fato e o que
é cicatriz ou fibrose como chamamos”, diz a médica Adelina Sanches do Serviço
de Medicina Nuclear do Hospital Santa Isabel.
O exame PET-CT ajuda em diversas
situações da oncologia: a diferenciar se uma lesão recém-descoberta é maligna
ou benigna; detecta a real extensão da doença maligna, uma vez que o exame
cobre o corpo inteiro; avalia de forma
muito precoce a resposta aos tratamentos instituídos e serve ainda para fazer o
acompanhamento dos pacientes, porque infelizmente sabemos que os pacientes com
câncer precisam de vigilância, uma vez que os tumores podem voltar tempos
depois.
O impacto do PET-CT no manejo de
diversos tumores tem mostrado mudança nas condutas inicialmente pensadas em até
40% dos casos. Na maioria das vezes, em virtude do alto poder de detecção do
método. Isso propicia uma assistência mais resolutiva e poupa recursos do sistema
de saúde, porque evita cirurgias, quimioterapia ou radioterapias
desnecessárias, às vezes com intenção curativa, em pacientes que têm doença
avançada.
O exame é feito em equipamento da
especialidade de Medicina Nuclear, que realiza ao mesmo tempo as imagens
funcionais (PET-Tomografia por Emissão de Pósitron, na sigla em inglês) e
anatômicas (CT – Tomografia Computadorizada, também na sigla em inglês).
O material injetado no paciente
para a realização do exame é uma glicose (ou açúcar), ligada a uma molécula
radioativa que permite a formação das imagens. Por se tratar de uma glicose,
não há efeitos colaterais. Também não há uso de contraste. O paciente aguarda a
distribuição dessa glicose no organismo pelo período de uma hora, e as imagens
no equipamento duram, em média, 15 minutos, para fazer o corpo inteiro.
O Hospital Santa Isabel acaba de
receber um equipamento de PET-CT de última geração. Ele foi instalado em um
moderno complexo de bioimagem, que reúne em um espaço funcional e confortável
os mais modernos equipamentos de imagem, a exemplo de um tomógrafo de 128
canais, ressonância magnética, mamografia e estrutura de Medicina Nuclear, com
gama-câmara moderna, que realiza todos os exames de forma bem mais rápida.
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