segunda-feira, 1 de outubro de 2012



EXAME DE PET-CT DETECTA TUMORES COM GRANDE PRECISÃO
Sofisticado exame de imagem identifica câncer em estágio inicial e mostra tempo real como o corpo reage ao tratamento

Os exames de imagem são excelentes ferramentas para avaliação de tumores, não só na detecção como também no acompanhamento e avaliação da resposta aos tratamentos instituídos. O manejo de pacientes com câncer tem evoluído sobremaneira, com novas drogas e modalidades de tratamento que têm trazido impacto na sobrevivência dos pacientes, com menor toxicidade.
Paralelamente a este progresso, os exames de imagem também evoluíram para mostrar informações não só anatômicas, mas também funcionais. “O impacto dessas informações é enorme, porque não importa se existe um nódulo, por exemplo, no fígado do paciente, porque ele pode abrigar apenas células mortas e os exames convencionais têm muita dificuldade em fazer a diferenciação entre o que é tumor de fato e o que é cicatriz ou fibrose como chamamos”, diz a médica Adelina Sanches do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Santa Isabel.
O exame PET-CT ajuda em diversas situações da oncologia: a diferenciar se uma lesão recém-descoberta é maligna ou benigna; detecta a real extensão da doença maligna, uma vez que o exame cobre o  corpo inteiro; avalia de forma muito precoce a resposta aos tratamentos instituídos e serve ainda para fazer o acompanhamento dos pacientes, porque infelizmente sabemos que os pacientes com câncer precisam de vigilância, uma vez que os tumores podem voltar tempos depois.
O impacto do PET-CT no manejo de diversos tumores tem mostrado mudança nas condutas inicialmente pensadas em até 40% dos casos. Na maioria das vezes, em virtude do alto poder de detecção do método. Isso propicia uma assistência mais resolutiva e poupa recursos do sistema de saúde, porque evita cirurgias, quimioterapia ou radioterapias desnecessárias, às vezes com intenção curativa, em pacientes que têm doença avançada.
O exame é feito em equipamento da especialidade de Medicina Nuclear, que realiza ao mesmo tempo as imagens funcionais (PET-Tomografia por Emissão de Pósitron, na sigla em inglês) e anatômicas (CT – Tomografia Computadorizada, também na sigla em inglês).
O material injetado no paciente para a realização do exame é uma glicose (ou açúcar), ligada a uma molécula radioativa que permite a formação das imagens. Por se tratar de uma glicose, não há efeitos colaterais. Também não há uso de contraste. O paciente aguarda a distribuição dessa glicose no organismo pelo período de uma hora, e as imagens no equipamento duram, em média, 15 minutos, para fazer o corpo inteiro.
O Hospital Santa Isabel acaba de receber um equipamento de PET-CT de última geração. Ele foi instalado em um moderno complexo de bioimagem, que reúne em um espaço funcional e confortável os mais modernos equipamentos de imagem, a exemplo de um tomógrafo de 128 canais, ressonância magnética, mamografia e estrutura de Medicina Nuclear, com gama-câmara moderna, que realiza todos os exames de forma bem mais rápida.

 Fonte: Revista Muito - Jornal A Tarde de 30 de setembro de 2012 - Dra. Adelina Sanches ( Médica do serviço de Medicina Nuclear do Hospital Santa Isabel).

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