VOCÊ TEM QUERATOSE ACTÍNICA? ENTÃO SE TRATE, POIS PODE TORNAR CÂNCER.
Esta doença, que resulta da exposição excessiva ao sol sem
protetor, se caracteriza pelo surgimento
de manchas ásperas na pele. Desenvolvendo-se mais na áreas mais expostas, como
rosto, careca, braços, pernas e pescoço. Analise sua pele, e caso suspeite de
alguma mancha, vá ao médico se trate, porque em dois anos se transforma em um
carcinoma espinocelular, que pode matar.
Nos últimos cinco anos, aumentou bastante em meu consultório
e no diagnostico de queratose actínica, doença que se caracteriza pelo surgimento de manchas na pele. Embora não
haja pesquisas as entidades de saúde estima que houve mesmo aumento do números de casos. Os que
recebem o diagnóstico são principalmente pessoas com mais de 50 anos que não
contavam com as informações com que contamos, expuseram-se em excesso ao sol
sem protetor solar e agora a doença apareceu.
A queratose actínica se caracteriza por mancha-lesão- de
coloração e textura diferentes das da
pele da pessoa. Ás vezes tem também
espículas, ou seja, pontinhas duras perceptíveis ao se passar a mão na
área. A doença se desenvolve sobretudo
nas porções mais expostas do corpo, como rosto, careca, braços, pernas,
pescoço. Pode manifestar-se em qualquer um, mas é freqüente em adultos e idosos
de pele, cabelo e olhos claros.
Em 2006, a queratose actínica constituiu o quarto mais
freqüentes diagnóstico entre 57346 consultas no Brasil, correndo em 51% dos
atendidos, com incidência variando de 2,9% na Região Norte com população de
pele morena, a 7,5% na Região Sul, com população de pele clara. Nos Estados
Unidos , é a segunda doença de pele que mais levam as pessoas ao médico, superada
apenas pela acne. Na Itália estudos recente constatou que as pessoas apresentam em média 6 a 8 lesões na primeira consulta ao
dermatologista.
A queratose actínica resulta sobre tudo da exposição
prolongada à radiação ultravioleta do
sol. Estudo holandês com 960 pacientes constatou que o risco aumenta com a
exposição crônica aos raios solares e com queimaduras intensas por sol antes dos 20 anos. Estão mais suscetíveis os
homens; quem tem mais de 60 anos; quem mora em áreas com maior incidência de
radiação ultravioleta; quem tem histórico de câncer na família; portadores de
vitiligo; e pessoas de nível socioeconômico inferior. Estudos mostram, de outro
lado, que quem ingere habitualmente óleo de peixe e vinho tinto, possivelmente
pelos seus efeitos antiinflamatórios e antioxidantes fica mais protegido da
queratose.
As queratoses tornam a pele das pessoas mais feias e, no caso de muitas manchas até mexem com sua autoestima. O mais grave, porem,
é que, se o portador não procura um dermatologista e se trata, em dois anos a
mancha se torna em feridinha que sangra e não cicatriza, indicação do carcinoma
espinocelular, câncer que se, não é descoberto no inicio é retirado com
cirurgia, pode espalhar pelos órgãos e matar.
O ideal, claro, é evitar a formação da queratose. Para isso,
use protetor solar diariamente – já está disponível, de graça, nas Unidades Básicas
de Saúde. Quem já teve câncer de pele pode aumentar sua proteção tomando
protetor via oral. Evite expor- se ao sol após as 10h00 e antes das 16h00. Fora
desse horário, proteja-se também com boné, chapéu, luvas, camisa de mangas
compridas e calças compridas. Analise e sinta com cuidado sua pele para
detectar manchas de queratose e, descobrindo alguma, vá a um dermatologista e se
trate. Existem vários possibilidades simples de tratamento. Com isso você livra
do perigo do câncer. Vá ao médico também se descobrir em sua pele feridas que
não cicatrizam, que são indicativas do câncer.
Fonte: Revista Caras,
Patrícia Guedes Rittes (CRM 48444), médica dermatologista na capital paulista,
é pós-graduada em Dermatologia pela Faculdade de Ciênncias Médicas da Santa
Casa de São Paulo, site: prittes.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Concordo ou Não Concordo?