domingo, 19 de agosto de 2012


VOCÊ TEM QUERATOSE ACTÍNICA? ENTÃO SE TRATE, POIS PODE TORNAR CÂNCER.

Esta doença, que resulta da exposição excessiva ao sol sem protetor, se  caracteriza pelo surgimento de manchas ásperas na pele. Desenvolvendo-se mais na áreas mais expostas, como rosto, careca, braços, pernas e pescoço. Analise sua pele, e caso suspeite de alguma mancha, vá ao médico se trate, porque em dois anos se transforma em um carcinoma espinocelular, que pode  matar.

Nos últimos cinco anos, aumentou bastante em meu consultório e no diagnostico de queratose actínica, doença que se caracteriza pelo  surgimento de manchas na pele. Embora não haja pesquisas as entidades de saúde estima que houve  mesmo aumento do números de casos. Os que recebem o diagnóstico são principalmente pessoas com mais de 50 anos que não contavam com as informações com que contamos, expuseram-se em excesso ao sol sem protetor solar e agora a doença apareceu.
A queratose actínica se caracteriza por mancha-lesão- de coloração e textura diferentes   das da pele da pessoa. Ás  vezes tem também espículas, ou seja, pontinhas duras perceptíveis ao se passar a mão na área. A doença se desenvolve sobretudo nas porções mais expostas do corpo, como rosto, careca, braços, pernas, pescoço. Pode manifestar-se em qualquer um, mas é freqüente em adultos e idosos de pele, cabelo e olhos claros.
Em 2006, a queratose actínica constituiu o quarto mais freqüentes diagnóstico entre 57346 consultas no Brasil, correndo em 51% dos atendidos, com incidência variando de 2,9% na Região Norte com população de pele morena, a 7,5% na Região Sul, com população de pele clara. Nos Estados Unidos , é a segunda doença de pele que mais levam as pessoas ao médico, superada apenas pela acne. Na Itália estudos recente constatou que as pessoas apresentam  em média 6 a 8 lesões na primeira consulta ao dermatologista.
A queratose actínica resulta sobre tudo da exposição prolongada à radiação ultravioleta  do sol. Estudo holandês com 960 pacientes constatou que o risco aumenta com a exposição crônica aos raios solares e com queimaduras intensas por sol  antes dos 20 anos. Estão mais suscetíveis os homens; quem tem mais de 60 anos; quem mora em áreas com maior incidência de radiação ultravioleta; quem tem histórico de câncer na família; portadores de vitiligo; e pessoas de nível socioeconômico inferior. Estudos mostram, de outro lado, que quem ingere habitualmente óleo de peixe e vinho tinto, possivelmente pelos seus efeitos antiinflamatórios e antioxidantes fica mais protegido da queratose.
As queratoses tornam a pele das pessoas mais feias e,  no caso de muitas manchas  até mexem com sua autoestima. O mais grave, porem, é que, se o portador não procura um dermatologista e se trata, em dois anos a mancha se torna em feridinha que sangra e não cicatriza, indicação do carcinoma espinocelular, câncer que se, não é descoberto no inicio é retirado com cirurgia, pode espalhar pelos órgãos e matar.
O ideal, claro, é evitar a formação da queratose. Para isso, use protetor solar diariamente – já está disponível, de graça, nas Unidades Básicas de Saúde. Quem já teve câncer de pele pode aumentar sua proteção tomando protetor via oral. Evite expor- se ao sol após as 10h00 e antes das 16h00. Fora desse horário, proteja-se também com boné, chapéu, luvas, camisa de mangas compridas e calças compridas. Analise e sinta com cuidado sua pele para detectar manchas de queratose e, descobrindo alguma, vá a um dermatologista e se trate. Existem vários possibilidades simples de tratamento. Com isso você livra do perigo do câncer. Vá ao médico também se descobrir em sua pele feridas que não cicatrizam, que são indicativas do câncer.

Fonte: Revista Caras, Patrícia Guedes Rittes (CRM 48444), médica dermatologista na capital paulista, é pós-graduada em Dermatologia pela Faculdade de Ciênncias Médicas da Santa Casa de São Paulo, site: prittes.com.br

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