USO DE CALÇA APERTADA EM DEMASIA PODE
CAUSAR CORRIMENTO NA MULHER
Outras causas desta moléstia incômoda,
que atinge mais de 50% das mulheres
sexualmente ativas, são: sífilis, gonorréia, AIDS, câncer e umidade por tempo
prolongado. Entre seus sintomas estão irritação, coceira, sensação de queimação
na vagina e dor no ato sexual. O ideal é consultar um ginecologista à primeira
indicação e tratar-se. É fundamental que o parceiro também se trate.
A
partir do momento em que a mulher começa a menstruar geralmente a vagina é
lubrificada por uma secreção na forma de muco. No inicio do ciclo menstrual é
incolor e não tem odor; no meio dele pode tornar-se mais espessa e branca; e
quando está chegando a hora de menstruar de novo fica ainda mais branca. Às
vezes algo desta secreção pode até se mostrar, por exemplo, em um canto da
vagina. É normal. Já o que se chama corrimento vaginal, fenômeno continuo, é
uma secreção mais volumosa, com odor desagradável e coloração diferente da
habitual, que molha a roupa intima e mesmo o papel higiênico. A vagina é capaz
de acumular boa quantidade desta secreção, mas, quando se torna demasiada,
extravasa-se. O corrimento vaginal é um fenômeno comum. Pode-se dizer que mais
de 50% das mulheres sexualmente ativas o desenvolvem uma vez ou outra. Os
sintomas básicos são: irritação, coceira e sensação de queimação na vagina, mau
cheiro, dor nas relações sexuais e, claro, dificuldades para fazer sexo.
As
causas mais freqüentes da doença são: umidade excessiva por longo tempo, seja
por suor, seja por banho de mar ou piscina, que altera o pH da vagina e
favorece a proliferação dos microrganismos que aí vivem, como bactérias e
fungos; uso excessivo de sabonetes e duchas de higienização, que também podem
alterar o pH do órgão e levar à proliferação dos microrganismos; sífilis,
gonorréia, clamídia e outras doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); uso
freqüente e prolongado de calça jeans muito apertada; AIDS, câncer e algumas
doenças autoimunes, porque prejudicam as defesas orgânicas.
O
corrimento, aliás, pode tanto ser o primeiro sintoma da AIDS quanto surgir
junto com outras indicações dela, como infecções nas vias aéreas superiores. O
surgimento de uma DST no parceiro exatamente quando sua mulher tem corrimento
vaginal, de outro lado, às vezes é indicação de que possa ser a causa da doença
dela.
O
corrimento, naturalmente, incomoda e irrita muito as mulheres em seu dia a dia,
especialmente hoje, pelo fato de serem mais ativas. Prejudica suas atividades
tanto em casa quanto no trabalho. O mau cheiro, de outro lado, pode atrapalhar
as relações sexuais e até afastá-las do parceiro.
Felizmente,
você pode evitar o desenvolvimento da doença com algumas medidas básicas. Faça
sempre uma boa higiene íntima com sabonete neutro. Não exagere no uso de duchas
íntimas. Use e/ou exija que seu parceiro use sempre preservativo nas relações
sexuais, em especial nas situações de risco. Evite os excessos com calças
apertadas e dê preferência às calcinhas de algodão.
Mulheres
que estejam com sintomas de corrimento, obviamente, devem consultar logo seu
ginecologista. O especialista conversa
com elas, examina sua vagina, sente o odor e observa as características
da secreção com o objetivo de traçar um histórico do quadro. É possível
descobrir, com exames da secreção, que tipo de microrganismo e/ou doença causa
o corrimento. Isso é importante até para se estabelecer a melhor forma de
tratamento de cada caso. Se constatar que o corrimento resulta de AIDS, câncer
ou alguma DST, trata em conjunto com um especialista em cada uma das doenças. O
tratamento do corrimento tem sucesso na maioria dos casos. O parceiro também
precisa tratar-se.
Fonte: Revista Caras, Mário
Antônio Martinez Filho, médico ginecologista e obstetra na capital paulista, é
chefe da equipe de Obstetrícia do Hospital e Maternidade São Luiz e Diretor da
Clinica São Paulo de Saúde da Mulher.
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