quarta-feira, 10 de março de 2010

Carnaval de Itapuã Resiste!

A comunidade de Itapuã e moradores dos demais bairros de Salvador esperam que seja repensado o modelo de gestão do carnaval, com maior participação das comunidades. É preciso tomar uma medida para que não haja o predomínio da vontade e interesses de empresários e artistas acima dos verdadeiros direitos da preservação cultural e histórica das comunidades. Nesse modelo de gestão falta apoio e espaço para a expressão multicultural de bairros como Itapuã, Liberdade, Uruguai, Ribeira, Federação e outros.
Vale destacar as manifestações de Itapuã, que tem o Samba Beleza, conduzido por Dika, André Barará e Nego Beleza e o bloco Tô Afim, além dos Ternos de Reis, persistindo graças á árdua luta da professora Romilda, o café de D. Nicu e o Bando Anunciador, que caracterizam a tradicional festa da lavagem. Podemos lembrar ainda a existência dos afoxés, como Filhos de Naná, e a marcante presença dos terreiros de candomblé na comunidade: Abassa de Ogum e Soque Boyadam. Todos esses exemplos nos remetem á história de bairros como Uruguai e tantos outros nos quais os blocos e entidades culturais, simplesmente, desapareceram. E pensando na necessidade da preservação cultural, está sendo fundada a Associação dos Blocos e Entidades culturais do bairro de Itapuã e adjacências, com o propósito de dialogar com o poder público e a iniciativa privada para não deixar desaparecer o carnaval de participação popular como expressão máxima da comunidade.
Este ano, mesmo sem apoio dos poderes públicos municipais e estaduais, os blocos e as entidades culturais marcaram presença mais uma vez pelas ruas de Itapuã durante mais um carnaval. São entidades que fazem a festa para a comunidade, como o bloco o Peruca de boi, Mascarados Pierrot, As Cabronas. Temos ainda as Conquistadoras, saindo da Rua Cacimba; o arrastão 100 nome, da Rua Adriano dos Santos; o Tabaréu mirim e adulto; As Lazinhas; com grande participação da comunidade, saindo da Rua José Alves, juntamente com ás donzelas, comandadas por Gilson; além da presença marcante e mascarados avulsos ou em grupos, que permanecem no bairro de Itapuã como um grito cultural de uma comunidade para não deixar desaparecer essa manisfetação popular. Esse carnaval tem que ter o apoio do poder público e da iniciativa privada para ser veiculado como um grande produto cultural do bairro de Itapuã e de toda cidade.

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