Homenagem a Castro Alves vira show de cultura na Câmara

Para comemorar mais uma edição do Dia Nacional da Poesia, o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT) realizou nesta quarta sessão solene na Câmara em homenagem ao poeta baiano Castro Alves, cujo nascimento completou 165 anos. Com o Plenário Cosme de Farias completamente lotado, a plateia apreciou recitação de poesias, música, cânticos e dança.

Considerado um dos mais consagrados poetas românticos brasileiros, Antônio Frederico de Castro Alves, mais conhecido como o “cantor dos escravos”, teve sua história lembrada pela luta em prol da liberdade e justiça e contra a escravidão. “A Bahia está viva na tarde de hoje. E a cultura permanecerá sempre presente nesta Casa Legislativa. Castro Alves é um poeta perene, sempre vivo e marcante pela sua trajetória”, afirmou Odiosvaldo.

Os alunos da Escola Estadual Castro Alves declamaram poesias do patrono da cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras. Nivaldo Lopes, 13 anos, encarnou o poeta e, enquanto declamava versos do “Navio Negreiro”, seus olhos brilhavam de admiração.

O escritor Jorge Amado também foi homenageado durante a sessão e o Coral da Câmara, regido pelo maestro Keiler Rego, entoou a canção “É doce morrer no mar”, de sua autoria. O som dos tambores da África como que abençoaram o evento através do recital ministrado por Sandra Stabille, da Academia Baiana de Cultura, com o cântico “Alma Brasileira”.

O presente e o passado estiveram de mãos dadas e diversos grupos e poetas se apresentaram arrancando aplausos do público. Um dueto improvisado realizado pelos poetas Edgar Velame e Pareta Calderasch, que declamaram de forma lúdica e efusiva uma das obras de castro Alves, o poema “Tragédia no Mar”, surpreendeu a todos. Ao final, foram aplaudidos de pé.

Além do vereador Odiosvaldo Vigas, estiveram presentes prestigiando o evento, os vereadores Jorge Jambeiro (PP), Geraldo Júnior (PPN), Henrique Carballal (PT), Moisés Rocha (PT), Alemão (PRT), Vânia Galvão (PT), Gilmar Santiago (PT), Pedrinho Pepê (PMDB) e Marta Rodrigues (PT).

Compuseram a mesa Gildeci de Oliveira Leite, professor de Literatura da Uneb; Arthur Guimarães, presidente da Fundação Casa de Jorge Amado; Isa Maria de Souza, representando a Fundação Gregório de Matos; Monique Badaró, da Secretaria de Cultura do Estado, e o professor Francisco Mota, da Faculdade Jorge Amado.